sexta-feira, 27 de março de 2015

NBR 10068 (aspectos principais)


    A normatização dos desenhos trouxe melhorias significativas nas diferentes áreas que necessitam do uso dos mesmos. Antes, os trabalhos eram confusos, não havia um parâmetro de leitura de desenhos técnicos, nem mesmo para uma singular empresa.
A NBR 10068, que trata dos layout e dimensões da folha de desenho, será explicitada de maneira sucinta nesse mero artigo. Primeiramente, o formato de folha considerado como principal é o da série A, onde os principais componentes são A0, A1, A2, A3 e A4. Cada componente deve possuir suas características. Vamos iniciar com suas dimensões: A0 (841 x 1189), A1 (594 x 841), A2 (420 x 594), A3 (297 x 420) e A4 (210 x 297).
    A folha de desenho deve ter um formato retangular de, aproximadamente, 1 m2. Ou seja, deve manter essa proporção. Esta provém da relação que todos os retângulos, que representam as folhas, possuem com sua diagonal, onde a proporção é dada pela razão de 0,5 (por isso há um decréscimo pela metade de uma das dimensões das folhas).
Cada uma das folhas devem possuir um quadro para desenho, onde é neste quadro que será realizado o projeto em si. O quadro é limitado pelas margens esquerda, direita, superior e inferior. As margens iniciam no contorno externo da folha e prolonga até o quadro para desenho. As folhas A0 e A1 possuem margem esquerda de 25 mm e demais margens de 10 mm; as folhas A2, A3 e A4 possuem margem esquerda de 25 mm e demais margens de 7 mm (como a figura mostra).
    Cada folha deve possuir uma legenda. Esta possui a finalidade de identificar o projeto (nome, autor, empresa, ano, etc.). Antes de mostrar o comprimento da legenda, faz-se necessário dizer que ela inicia na margem do quatro para desenho, situando-se na parte interna deste. Para as folhas A0 e A1, a legenda deve ter comprimento de 175 mm; para as folhas A2, A3 e A4, deve possuir 178 mm.
    Na intersecção dos eixos de simetria com o contorno externo da folha são postas as marcas de centro, que servem como auxílio. Existem dois outros tipos de ferramentas que auxiliam, que é a referência métrica e referência por malha. A referência métrica se situa na parte inferior da folha, fora do quadro para desenho. Eles são retângulos menores de comprimento (no mínimo) de 100 mm, separados por 10 mm. Sua altura deve ser de no máximo 5 mm.
    A referência por malha se situa em todas as margens das folhas, onde nas margens esquerda e direita ficam as letras e nas demais, os números. Ela serve para localizar detalhes relevantes no projeto. Cada retângulo deve conter uma letra ou um número, e deve ter comprimento mínimo de 25 mm e máximo de 75 mm, com no máximo 5 mm de altura (como mostra a figura). 

domingo, 22 de março de 2015

O conhecimento (conceito, elementos e apropriação)


É sabido que o conhecimento está em todos os lugares. Qualquer lugar que você olha, existe um conhecimento associado. Muitas pessoas utilizam o conhecimento mas não sabem o que ele realmente é, ou seja, se fizermos o questionamento "o que é conhecimento?", a maioria das pessoas iriam tentar definir de acordo com seus efeitos, e não a causa, propriamente dita. Alguns poderiam dizer que conhecimento é tudo que encontramos em livros, que aprendemos com os professores, em escolas, entre outros lugares, não obstante, essa resposta não é apropriada para a pergunta feita, porquanto explica de onde vem o conhecimento, mas não o que ele é.
Vamos nos diligenciar a conceituar o vocábulo “conhecimento”. Cipriano Luckesi o fez muito bem. O conhecimento é a elucidação da verdade, onde elucidar significa trazer à luz, em outras palavras, significa desvendar a verdade, tornando-a clara e inteligível. Sabe-se que a verdade é algo misteriosa, opaca e ofusca. Quando o conhecimento se faz presente, quer dizer que essa verdade foi desvendada, foi trazida à luz. Vale salientar que essa luz provém da inteligência do homem, pois possui o dom da inteligibilidade.
O conhecimento possui quatro elementos principais: sujeito, objeto, ato de conhecer e o resultado. O sujeito é o ente conhecedor, aquele que possui a capacidade de conhecer a verdade. O único que possuí essa capacidade é o ser humano, pois possui o dom da inteligibilidade. O objeto é o ente conhecido, é o mundo exterior ao qual o homem vive. Ou seja, quando um conhecimento é feito, este não depende apenas do sujeito, mais também do objeto. Pois o sujeito tenta desvendar a lógica do objeto, onde este possui em sua essência fragmentos que determina sua singularidade. Quando o homem define um conceito, ele não quis que o conceito seja este, porém o objeto se manifestou através do conceito explicitado. Então o conhecimento necessita do homem para trazer a luz (através da inteligibilidade) e do objeto para expor os fragmentos de luz.
O ato de conhecer é o processo de interação entre o sujeito e o objeto, com a finalidade de deslindar a lógica deste. É através do ato de conhecer que se produz o conhecimento. A produção do conhecimento se dá através de recursos metodológico e disciplinados, onde é possível extrair, com segurança, as características do objeto estudado. O sujeito, previamente, utiliza hipóteses (que são respostas baseadas no conhecimento prévio, adquirido em livros, escolas, entre outros), onde é possível realizar os estudos com base nas hipóteses definida. O trabalho de produzir o conhecimento necessita de muita dedicação, pois é nele que o ato de conhecer se estabelece. E, por fim, o resultado é a verdade desvendada, que foi tornada acessível, clara e objetiva, ou seja, o conceito foi determinado. É importante frisar que o ato de conhecer é analítico e o resultado é sintético.
A apropriação do conhecimento, onde o vocábulo “apropriação” significa compreensão, se dá por duas maneiras: direta ou indireta. Ambas, na prática, são inseparáveis, porém na teoria são bem distintas. A apropriação direta se dá quando o sujeito tem contato direto com o objeto, onde este ainda é misterioso, obscuro e opaco. Ou seja, é um desafio para o sujeito, onde ele deve por si só, utilizando das técnicas metodológicas e de maneira disciplinar, elucidar (trazer à luz) a verdade. A apropriação indireta possui um mediador, que o sujeito que já desvendou a verdade, e quer repassar, seja qual for o meio de comunicação. Ou seja, de maneira indireta.


segunda-feira, 16 de março de 2015

Cartografia - 2



É sabido que a cartografia é uma ciência que representa a superfície terrestre por meio de mapas e cartas. Ou seja, a cartografia representa uma superfície curva em um plano, minimizando no máximo as diferencia entre ambos.
Primeiro, é necessário diferenciar cartografia e geoprocessamento. Ambos retratam o espaço geográfico, a superfície terrestre, porém a cartografia expressa o espaço, enquanto o geoprocessamento trata e analisa o mesmo. Ou seja, o geoprocessamento necessita da cartografia, visto que o mesmo analisa suas cartas e mapas.
Vale salientar que existem quatro etapas que devem ser seguidas para chegar a representar a superfície terrestre:

1.    Determinar a forma da terra;
2.    Determinar um modelo matemático;
3.    Determinar um sistema de coordenadas;
4.    Determinar um modelo de projeção da terra para o plano.

Nos próximos artigos, iremos adotar cada um desses tópicos para explicitar os conceitos fundamentais de cartografia. Sabendo que essa é muito importante para diversas áreas, como por exemplo para topografia (utilizada na engenharia em geral).