sexta-feira, 10 de abril de 2015

Cartografia - 4




   É sabido que a forma da terra é considerada como um geoide, segundo Gauss. Notório, também, que estudar o geoide de maneira analítica (artifício algébricos) torna-se um trabalho muito árduo, e com pouco retorno. Por isso eclodiu a necessidade de haver um modelo geométrico que simplifique os cálculos geodésicos sem grandes alterações quanto ao geoide.
   A solução foi determinar uma figura geométrica de revolução que se adeque ao geoide. A figura determinada foi o elipsoide. Quando mescla o geoide (caracterizado por uma superfície equipotencial gravitacional mais próxima do nível médio dos mares) com o elipsoide, forma o Datum.
   O Datum é o modelo matemático utilizado pela cartografia, cuja caracterização é o tipo de elipsoide utilizado. Existem muitos Data, onde cada Datum melhor representa sua região, ou seja, cada país possui seu Datum. Por exemplo, o Brasil possui, durante muito tempo, o SAD 69, porém entrou em vigor deste ano o SIRGAS 2000.
   Nota-se que a escolha do Datum é importante, porquanto as coordenadas dependem do sistema de referência utilizado. Importante notar que existem o Datum planimétrico e o Datum altimétrico. Cada Datum possui suas peculiaridades. O que não muda, seja em qualquer abordagem matemática, é a forma da terra.

Datum


Cartografia - 3



      Vamos determinar a forma da terra. Bem sabemos que determinar a forma real da terra é uma tarefa praticamente impossível, principalmente devido ao uso da tecnologia vigente. Durante muitos anos, a forma da terra foi motivo de debates e elaboração de teorias.
      Na história antiga, época das primeiras civilizações, muitos pensadores tinham plena certeza que a terra tinha uma forma plana (não se deram conta da força gravitacional existente). Gradativamente, com o desenvolvimento do conhecimento científico, principalmente em astronomia, os pensadores chegavam a uma forma arredondada da terra.
      Não obstante, foi Johann Carl Friedrich Gauss (1777 – 1855), matemático, astrônomo e físico alemão, que determinou a forma que melhor representa a superfície real da terra. Essa forma se chama geoide. Este se define através de uma superfície equipotencial gravitacional que mais se aproxima do nível médio dos mares. Vale salientar que uma superfície equipotencial gravitacional possui a força gravitacional constante.

Geoide

sexta-feira, 27 de março de 2015

NBR 10068 (aspectos principais)


    A normatização dos desenhos trouxe melhorias significativas nas diferentes áreas que necessitam do uso dos mesmos. Antes, os trabalhos eram confusos, não havia um parâmetro de leitura de desenhos técnicos, nem mesmo para uma singular empresa.
A NBR 10068, que trata dos layout e dimensões da folha de desenho, será explicitada de maneira sucinta nesse mero artigo. Primeiramente, o formato de folha considerado como principal é o da série A, onde os principais componentes são A0, A1, A2, A3 e A4. Cada componente deve possuir suas características. Vamos iniciar com suas dimensões: A0 (841 x 1189), A1 (594 x 841), A2 (420 x 594), A3 (297 x 420) e A4 (210 x 297).
    A folha de desenho deve ter um formato retangular de, aproximadamente, 1 m2. Ou seja, deve manter essa proporção. Esta provém da relação que todos os retângulos, que representam as folhas, possuem com sua diagonal, onde a proporção é dada pela razão de 0,5 (por isso há um decréscimo pela metade de uma das dimensões das folhas).
Cada uma das folhas devem possuir um quadro para desenho, onde é neste quadro que será realizado o projeto em si. O quadro é limitado pelas margens esquerda, direita, superior e inferior. As margens iniciam no contorno externo da folha e prolonga até o quadro para desenho. As folhas A0 e A1 possuem margem esquerda de 25 mm e demais margens de 10 mm; as folhas A2, A3 e A4 possuem margem esquerda de 25 mm e demais margens de 7 mm (como a figura mostra).
    Cada folha deve possuir uma legenda. Esta possui a finalidade de identificar o projeto (nome, autor, empresa, ano, etc.). Antes de mostrar o comprimento da legenda, faz-se necessário dizer que ela inicia na margem do quatro para desenho, situando-se na parte interna deste. Para as folhas A0 e A1, a legenda deve ter comprimento de 175 mm; para as folhas A2, A3 e A4, deve possuir 178 mm.
    Na intersecção dos eixos de simetria com o contorno externo da folha são postas as marcas de centro, que servem como auxílio. Existem dois outros tipos de ferramentas que auxiliam, que é a referência métrica e referência por malha. A referência métrica se situa na parte inferior da folha, fora do quadro para desenho. Eles são retângulos menores de comprimento (no mínimo) de 100 mm, separados por 10 mm. Sua altura deve ser de no máximo 5 mm.
    A referência por malha se situa em todas as margens das folhas, onde nas margens esquerda e direita ficam as letras e nas demais, os números. Ela serve para localizar detalhes relevantes no projeto. Cada retângulo deve conter uma letra ou um número, e deve ter comprimento mínimo de 25 mm e máximo de 75 mm, com no máximo 5 mm de altura (como mostra a figura).